Levantamento do LinkedIn aponta que os eventos virtuais devem receber quase o dobro de investimentos em 2021.
Vivemos uma mudança no mercado de eventos desde março de 2020. A realidade imposta exigiu uma adaptação e transformação do setor, atraindo público e orçamento das empresas.
Quem aí participou de eventos virtuais?
Eu mesma participei de vários, com a facilidade de conectar e absorver conteúdo durante quatro horas, transmitido de São Paulo. Morando no Sul do Brasil, o investimento em deslocamento e hospedagem seriam significativos e acabariam inviabilizando a participação em um cálculo de custo x duração do encontro. Participei, inclusive, de eventos internacionais com tradução simultânea em diversos idiomas, algo que só o novo cenário nos proporciona.
Saindo da minha percepção pessoal e voltando os olhares aos números, o estudo “Eventos virtuais: uma nova realidade” realizado pelo LinkedIn, indicou que os eventos virtuais devem receber quase o dobro de investimentos em 2021. O levantamento ocorreu com mais de 200 organizações B2B no Brasil e apontou que 85% dos entrevistados fizeram um evento, webinar ou palestra online nos últimos doze meses. Destes, 83% diz que continuará organizando tais ações nos próximos doze meses ou mais. O número de organizadores com foco apenas em eventos virtuais aumentou oito vezes.
A alta dos eventos virtuais trouxe desafios aos organizadores na realização de eventos neste formato. Ana Carolina Almeida, gerente de marketing do LinkedIn, afirma que “Com tantos eventos virtuais acontecendo simultaneamente, investir em conteúdo de qualidade é uma estratégia de diferenciação“.
Abaixo relacionamos mais dados relevantes da pesquisa:
93% dos entrevistados acredita que os eventos virtuais devem continuar a acontecer no futuro; 85% dos entrevistados quer organizar eventos híbridos (presenciais e online simultaneamente) no futuro; 84% dos entrevistados mudou seu conceito de “evento de sucesso”; 90% dos entrevistados chegaram a novas oportunidades, provavelmente inalcançáveis no formato presencial; 79% dos entrevistados tiveram melhor ROI (retorno de investimento) no formato online; Dos organizadores, 56% teve corte no orçamento e 42% acredita que os eventos virtuais estão sendo realizados de forma mais econômica; Cerca de 54% priorizou o orçamento restante no desenvolvimento de conteúdo.
O gráfico a seguir, apresentado pelo LinkedIn, aponta onde o orçamento de eventos será investido em 2021. De acordo com o relatório, conteúdo e a publicidade continuam dominando em termos de priorização da alocação de tempo e recursos.
(Crédito: Reprodução/LinkedIn)
Para encerrar vamos as informações dos envolvidos:
22% dos entrevistados prioriza a relevância para o público como uma métrica fundamental para o sucesso; 37% dos organizadores de eventos esperam que a experiência crie engajamento entre o público; 32% dos organizadores de eventos esperam que agregue credibilidade.
De acordo com o LinkedIn, o público aderiu ao modelo on-line. A maioria dos profissionais do Brasil preferem eventos virtuais porque o formato tem bom custo-benefício, leva o conteúdo a um público mais amplo e ainda tem os cuidados em relação à pandemia.
O estudo foi divulgado pelo LinkedIn no primeiro dia do CMO Summit 2021 (https://cmosummit.com.br/), em março.
Fonte: Meio & Mensagem, Consumidor Moderno, TIInside
Texto escrito por Kelen Turmina, Diretora da MAK Agência RP, para o coletivo Fantástico Mundo RP.
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